domingo, 31 de agosto de 2008

Metereologia


A condição do tempo em cima da minha cabeça está feia!!

Nuvens pretas rondam a região e ouço vários trovões!

Desde que sofri o acidente, está sendo a pior fase de pensamentos, bodes e incertezas que acredito estarem virando certezas.

Assim que essa nebulosidade dispersar, volto com força total para o blog.

Até.....

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Afinidade




Ando sem muita inspiração.


Aí recebi um email esta manhã de uma querida amiga. Vou compartilhá-lo com vocês, pois considero todos os que visitam o meu blog, amigos. Vocês emprestam seus ombros para mim cada vez que clicam atrás de uma nova história.


"A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. É o mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidade vividas.
Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado."

Arthur da Távola

domingo, 17 de agosto de 2008

Manja che te fa benne!


Sempre gostei e frequentei um bom prato. Sempre preferi gastar meu dindim num belo e bom restaurante do que comprar uma calça jeans. E isso para alguns é uma heresia. Pra mim o contrário também é.

Depois que virei "homem cadeira", e isso já faz 3 anos, tem sido difícil encontrar um lugar bom e acessível.

Aqui na minha cidade, Jacareí, temos uma das melhores chopperias de São Paulo (deu na Vejinha), infelizmente não entro na mesa, meus joelhos ficam muito altos por conta da cadeira. Tenho que ficar de lado, tipo cunhado sem carteira. Também não consigo acessar o banheiro, muito apertado e nada adaptado.

Um outro restaurante que vende o melhor pintado na brasa da região, tem no estacionamento vagas pros malacabados mas não tem banheiro adaptado.

Ninguém pensa nisso, mas nós cadeirantes infelizmente acabamos tocando nos pneus, mesmo sem querer. E antes das refeições precisamos lavar as mãos, pai?
Nem na padoca perto de casa, onde comprei pão a vida inteira e tomei várias caixas de Skol, fizeram uma rampinha pra nóis!

Hoje fui a um restaurante, Cantina Gadioli, em Taubaté -SP. Tenho que fazer propaganda!
Vagas no estacionamento cobertas e adaptadas, rampas em todos os desníveis, mesas acessíveis e lógico banheiro adaptado.

Mas o melhor mesmo é o antepasto de beringela!!!! ECO!!!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Apresentando...


Essa é a minha Ratatuia!
Sem esses daí, não sou ninguém.
O bonitinho de amarelo é o meu pai. Nunca nos deixou faltar nada. Ainda não sabe dizer "não". E a gente aproveita, rsrsrsrsrs.
O cabeçudo é o caçula. Com os seus brações já me carregou e carrega pra cima e pra baixo. Agora é meu parceiro no basquete também. Está tentando se vingar das derrotas no futevolei, rsrsrsrrs.
E o gordinho buxexudo é o homem com o maior coração que já vi. Chega a ser bobo de tão bom.
O bicho branco vocês já conhecem, é a Dolores.
Amo demais esses três caras. É com eles que vou levando, vou tocando e cada vez mais acreditando que a família é o nosso maior patrimônio.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

São 2 pra lá e 2 pra cá.


Tem coisas que realmente não combinam. Camarão e feijão; Corinthians e Palmeiras; Eu e trabalho....
Mas se tem uma coisa que não foi feito pra outra é o Terno e a Cadeira de Rodas. P.Q.Pariu!
Após três anos em companhia da minha cadeira, não deu pra escapar! Minha cunhada mais nova se casou nesse fim de semana.
Tentem visualizar o Didi Mocó nos anos 80, então, era eu. A cada toque na cadeira o paletó subia e meu pescoço desaparecia. Sem contar que a parte de baixo enroscava no aro de impulsão. O negócio era ficar quietinho num canto, tipo samambaia.
Os noivos no meio do salão para iniciarem a tão esperada valsa. E eu lá na minha mesa já nos comes e bebes e bebes e bebes....Mas toda festa tem um primo empolgado, né? O cara me viu e me arrastou até o meio do salão.
Foi aí que descobri que cadeirante também dança. Puxei minha mulher para o meu colo e dançamos a valsa toda. Infelizmente, chamamos mais a atenção que os noivos nesse momento.
Dançar também é um programa legal.
Vivendo e aprendendo!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Do outro lado do Atlântico


A história da Camila muitos devem conhecer. Ela levou uma bala perdida em 98, Vila Isabel, Rio de Janeiro. Com apenas 12 anos estava tetraplégica.

Desde de então, ela vem lutando para voltar a andar.

Ontem ao visitar o site que sua mãe criou para contar sua história e suas vitórias, assisti a um vídeo em que ela começa a dar seus primeiros passos.

Camila foi submetida à uma cirurgia de implante de células tronco olfativas (técnica pioneira no mundo), em Portugal, em setembro de 2006.
Ela conta que foi orientada por alguns médicos, que esperasse mais um pouco. Mas para uma menina que corria e brincava normalmente até ontem, esperar é uma tarefa das mais difíceis.
Ela atravessou o Atlântico, acreditou, lutou (e luta ainda).

Visitem o site, http://www.camila.lima.nom.br/ e assistam aos vídeos. O mais bonito não são os passos, mas o sorriso e a confiança dessa menina.

Parabéns Camila, parabéns família da Camila.

domingo, 3 de agosto de 2008

Um é difícil, 3 é.......


Se juntarmos 3 advogados ou 3 dentistas ou 3 japoneses, não se compara ao juntar 3 ou mais cadeirantes. Sai tanta merda, tanta bobagem...


Na primeira vez que estive na Sarah, saímos, eu e mais dois cadeirantes em companhia da mãe de um deles para um passeio no shopping. Demos muitas risadas, cada um com a sua limitação, o José era o mais fudido (tetra) mas nem por isso deixava de ser o mais animado, também não precisava fazer força com sua cadeira elétrica, sobrava ar pra falar e rir da minha cara. Eu, empurrando aquela cadeira pesada, ainda não tinha tocado a cadeira por tanto tempo, estava sem fôlego. E o Serjão, um homem de quase 2 metros, não tinha como não chamar a atenção.


Quem sofria era a Marilda, mãe do José, ter que tomar conta de 3 ...e ainda fazer tráfico de BigMac ....


Começamos a chamá-la de mãe pelo shopping. Ninguém podia acreditar. O que essa mulher fez na outra encarnação, para vir para essa com 3 filhos malacabados?????????????