domingo, 12 de abril de 2009
Difícil de entender
Uma questão não sai da minha cabeça.
Fiz essa coleção de camisetas com o intuito de divulgar a acessibilidade. Querendo que dentre outras coisas, a "cadeirinha" fosse vista mais vezes, não somente em banheiros de shoppings ou aeroportos, mas que fizesse parte do "vocabulário visual" de todos, para que sejamos mais respeitados e menos ignorados pela sociedade.
As camisetas na feira foram um sucesso. Mas até agora só vendi para 4 cadeirantes, sendo que dois são meus amigos.
O cadeirante, como me disse um na feira, já é a própria propaganda de acessibilidade. Não concordo!
Como me disse o João do site "Como Ir", "...saímos de casa todos os dias para enfrentar um mundo que não nos respeita, somos fortes e temos que bater no peito e nos orgulhar, por isso temos que literalmente, vestir a camisa!"
Pois é, fiquei muito orgulhoso em receber elogios referente ao meu trabalho e aos desenhos. Fiquei feliz em ver as mulheres dos "malacabados" vestindo a ideia.
Mas a conclusão que estou tirando de tudo isso é que o preconceito está também dentro da cabeça do próprio deficiente.
E esse, é mais difícil de vencer.
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8 comentários:
Lindo, as camisetas são lindas....e a vida é assim mesmo, se vc fizer a diferença para uma pessoa já esta valendo a pena, pode acreditar.....
Bjokas
Evandro, vc acredita que imaginei que isso poderia acontecer? É que conheci alguns deficientes preconceituosos, do tipo que afirmou não namorar outra pessoa deficiente, não participa de movimentos, não lê nada a respeito...coisas assim. Acho esse tipo de preconceito o pior, pois se o próprio deficiente o tem, como é que ele vai colaborar para que eese mal acabe? Ah, ontem, domingão de Páscoa, maridão vestiu a camiseta do ET, ficou lindão e fez o maior sucesso! E meu filho de 11 anos reclamou que não tem do tamanho dele, rs. Beijos e uma ótima semana.
Infelizmente tem uma galerinha que nao veste a camisa,literalmente falando.Mas tamo junto ae pra mudar isso!!
Abraços Evandro.
Em primeiro lugar, quero ver a feita pro Rio de Janeiro. :-) E, sinceramente, eu não sei se é preconceito, assim como penso que a pessoa não deva participar do movimento simplesmente porque tem uma deficiência. Acreditar que todo deficiente deve participar do movimento também não seria um preconceito? hehehe... Enfim, acho que cada um deve levar a vida como achar melhor! Pra mim, desde que não esteja fazendo mal a alguém, cada um vive do jeito que quiser ;-)
Essa discussão é muito boa!!! Sinceramente, eu não tenho uma conclusão formada, mas eu não acho inteiramente descartável a ideia de quem diz que carrega o "símbolo" em si mesmo. Pra mim, Bob, faz algum sentido isso se a gente analisa com calma. Porém, também sou solidário aos seus argumentos de que falta todo mundo embarcar na hora do "vamo vê"! Contudo, avalio que temos um problema crônico na turma: falta grana, nego. Deficiente ainda vive muito a custa do outro, realidade que precisa ser mudada, urgente.
Eduardo, a do Rio está no forno. Também acredito que ninguém é obrigado a entrar na luta pela causa, mas tbm tem menos direito de reclamar, não é?
Jairo, não acho que carregamos o símbolo, pois muitos não nos enxergam, muitos de nós sequer poe a cara pra fora e muitos que o fazem "MORREM" de vergonha de si mesmos.
Quanto a falta de grana, isso é fato!
Evandro, acho q os cadeirantes sao os mais mao de vaca ou sem grana msm, hehehe
to brincando, mas esse lance de preconceito entre nos msm, acontece e mtu !
Ah e eu nao comprei ainda, pq to sem grana msm. Mas tava vendo e me planejando pra compra ;)
Nossa... finalmente eu leio algo plausivel sobre isso!
Engraçado que as pessoas aderem a causa, mas o fator principal (no caso os proprios defs) não se fala do preconceito deles mesmos!
Acho que deveria ter mais discussão sobre isso tbm!
Vc é show, suas camisetas tbm!!!!!
E ainda quero a minha...
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